O mercado brasileiro de bioinsumos — que abrange produtos como biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores — registrou um crescimento expressivo de 15% na safra 2023/2024, atingindo a marca de R$ 5 bilhões em vendas. O desempenho reforça a posição do Brasil como uma das nações mais avançadas no uso de soluções biológicas voltadas à agricultura de baixo impacto ambiental.
De acordo com levantamento da CropLife Brasil, a taxa média anual de crescimento do setor nos últimos três anos é de 21%, número quatro vezes superior à média global. Esse ritmo acelerado é impulsionado pela busca de produtores por alternativas sustentáveis e eficazes aos agroquímicos tradicionais, especialmente em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar.
O estado do Mato Grosso se destaca como o principal consumidor de bioinsumos do país, sendo responsável por cerca de 33% de todo o volume movimentado no mercado nacional, conforme apurou reportagem da Reuters.
Complementando esse avanço, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) anunciou recentemente a inauguração de uma nova biofábrica, dedicada ao desenvolvimento e produção de insumos biológicos para o controle das principais pragas agrícolas. A iniciativa representa um reforço estratégico para o setor, ampliando o acesso dos produtores a tecnologias mais limpas e sustentáveis.
A consolidação dos bioinsumos na agricultura brasileira não apenas fortalece a produtividade no campo, como também contribui para a redução do impacto ambiental, a melhoria da saúde do solo e o estímulo à biodiversidade — pilares fundamentais para uma agricultura moderna e resiliente às mudanças climáticas.
Fontes:
CropLife Brasil – croplifebrasil.org
Reuters – reuters.com
Embrapa – embrapa.br