Imagem: tenkende, de envatoelements

A sinocanadense Miranda Wang começou a se interessar por lixo ainda na adolescência. E sua predileção sempre foi pelos plásticos não recicláveis. Poliuretano, E.V.A., baquelite, embalagens metalizadas, PET coloridas, isopor, acrílico... Todos os anos são produzidos 340 milhões de toneladas de plástico. Apenas 9% são reciclados. O resto vai parar nos aterros sanitários, rios, mares e oceanos. Ainda estudante, Miranda e a amiga (e hoje sócia) Jeanny Yao conseguiram permissão para usar um laboratório da Universidade da Colúmbia Britânica. Lá apresentaram duas bactérias que se alimentam de plástico — mais adiante viriam a descobrir que essa não era a melhor solução contra os plásticos não recicláveis.

Os primeiros experimentos, porém, permitiram a fundação da BioCellection, a arrecadação entre 2015 e 2019 de US$ 5 milhões, a mudança para o Vale do Silício e a conquista do Rolex Awards for Enterprise. Desde então, a empresa vem desenvolvendo tecnologias de tratamento para que os plásticos se transformem em materiais de qualidade, em um processo mais sustentável e barato. É um avanço na construção de uma “economia circular” sustentável, na qual nada é desperdiçado nem gera poluição. “Estamos só no início da implantação de nossa estratégia, que se estenderá por várias décadas”, diz Miranda. “A ideia é aumentar a escala e nos diversificar a fim de criar um portfólio de produtos reciclados de alto desempenho.”

fonte: Época Negócios