Imagem: BrianAJackson, de envatoelements

Quem diria que o plástico – muitas vezes taxado de vilão – seria uma das principais e efetivas alternativas de combate à covid-19. O aumento do material no dia a dia da quarentena, incluindo deliverys e proteção individual como alguns exemplos, pode fazer muita gente perceber o quanto ele está presente em tudo, e como faz parte parte de nossas vidas há muito tempo, trazendo facilidades antes não encontradas.

Hoje, já é praticamente impensável um mundo sem a presença e a praticidade que o plástico oferece. Como já foi abordado pela Multicolor, no projeto Nosso Mundo Sustentável, o material ajudou muito as mais diversas áreas a evoluir. Tudo o que tocamos no dia a dia possui algum tipo de plástico na composição – inclusive o computador e teclado onde é escrita esta matéria. Os eletrônicos, eletrodomésticos, peças de carro, itens de uso hospitalares e, principalmente, produtos e aparelhos desenvolvidos para uso exclusivo da medicina – que são fundamentais para salvar vidas e como já pode ser visto nesta pandemia.

Contudo, justamente por este motivo, o material está em escassez no mercado – como já pode ser visto também em diversas outras matérias-primas que dão origem aos mais variados tipos de produtos. No setor plástico, até mesmo os reciclados estão com demandas maiores. O cenário é claro e prova cada vez mais a importância do plástico na vida das pessoas. Porém, muitas delas fazem uso e criticam o acúmulo do material em lixões e oceanos. Todavia, vale lembrar, nada vai parar em algum lugar sozinho. A falta de políticas públicas para melhorar a reciclagem e, fundamentalmente, a falta de conscientização da sociedade é o principal problema enfrentado pelo mundo todo.

Banir o plástico não é uma solução, mas sim o seu uso consciente – que deverá trazer resultados muito mais positivos e duradouros a médio e longo prazo. O material é a melhor alternativa nos mais diversos segmentos, uma vez que outros possíveis “substitutos” são extremamente mais difíceis de produzir e o preço iria aumentar o custo de praticamente tudo o que é comprado hoje. É uma afirmação que todo o setor da indústria plástica vem batendo na tecla.

— A indústria do plástico atravessa uma das melhores fases dos últimos tempos, em que a forte demanda dos produtos frente ao contexto da pandemia, ratifica sua importância como grande aliado ao combate deste vírus que assola o mundo. O que seria de nós caso o plástico não existisse? É a pergunta que me faço. — comenta Tiago Avrela, Líder de Marketing e Inovação da Multicolor, umas das principais empresas de pigmentação para plásticos da América Latina.

O aumento do uso do plástico apenas sintetiza sua importância em diferentes aplicações – essencialmente na área da saúde, em que a demanda aumentou exponencialmente e comprova toda a sua eficiência. Não à toa, o plástico está ficando escasso como da mesma forma que materiais como aço, papel, papelão, etc. Todos os setores estão enfrentando alguma dificuldade.

— As empresas estão retomando as operações, que foram afetadas pela pandemia, e não têm resina”, — também aponta o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho. Segundo ele, o aumento dos preços de resinas preocupa o setor: apenas no PVC, a alta superou 30% em poucos meses.

É isso, depois do arroz e do algodão, agora é o plástico que vem desaparecendo do mercado; e sua normalização na oferta da matéria-prima deve acontecer apenas no próximo ano. A retomada da economia tem produzido algumas distorções em algumas cadeias produtivas. Primeiro foi o arroz que faltou e causou um choque de preços no alimento.

Algum setor em alta? Justamente a indústria de embalagens
A caráter de confirmação, as empresas de papelão e embalagens são um dos poucos setores da economia que não encolheram nos últimos meses, e conseguiram ampliar suas atividades. O crescimento das compras no comércio eletrônico e dos pedidos de delivery de alimentos provocado pelo isolamento impulsionou a demanda por embalagens de papel e, claro, plástico no país.

Agora, portanto, o momento pede paciência para que novas possibilidades surjam diante de um cenário ainda sem um rumo definido. Vamos acompanhar e fazer o possível para que a situação volte ao normal o mais breve possível.

fonte: GZH Economia, com informações da RBS Brand Studio