O desenvolvimento das lavouras da safra de verão 2022/23, nas principais regiões produtoras do país, em geral, está evoluindo de forma similar ou acima da média. A constatação faz parte do Boletim Mensal de Monitoramento Agrícola, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), referente ao mês de janeiro.

A publicação avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir de modelos agrometeorológicos e do sensoriamento remoto para mensurar o desenvolvimento das áreas cultivadas em diversos estados produtores.

Segundo o boletim, o dado mais recente mostra que o índice vegetativo se encontra acima da safra anterior no norte de Mato Grosso, no sudoeste do Mato Grosso do Sul e no oeste do Paraná. No primeiro estado, a diferença se deve principalmente ao atraso na instalação das lavouras. Já nos dois últimos, a principal causa é o impacto da falta de chuvas no desenvolvimento da safra anterior.

Da mesma forma, na região do Matopiba (área que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), os gráficos de evolução do índice vegetativo também estão indicando um bom potencial produtivo das lavouras de soja e milho na safra atual, relata a Conab.

No sul goiano, diz a Conab, o índice mostra desenvolvimento vegetativo semelhante ao da safra passada 2021/22. Já no oeste catarinense, apesar do impacto do excesso de chuvas e das baixas temperaturas, que atrasaram o plantio e o desenvolvimento das lavouras no início da safra atual, o índice vegetativo se encontra próximo da média, indicando uma condição satisfatória no desenvolvimento do milho primeira safra e da soja.

Em contrapartida, o índice vegetativo está abaixo da média no noroeste rio-grandense em virtude da restrição hídrica. Até o momento, os gráficos expressam condições mais positivas comparadas com safra passada, que teve forte impacto da falta de chuvas.